É fundamental que o piano seja afinado, no mínimo, uma vez por ano, mas em uso intenso, como em escolas, teatros, restaurantes e clubes, é recomendável que se faça isso mais vezes, e sempre que necessário.
Um aspecto a ser levado em consideração é que a audição dos estudantes deve ser apurada durante as aulas e execuções, o que só é possível em instrumentos perfeitamente afinados. A afinação de um piano, tanto de cauda quanto vertical, cai natural e gradualmente com o passar do tempo. Além disso, quanto mais utilizado o instrumento for, mais frequentes devem ser as afinações.
Em importantes teatros e casas de espetáculos, o piano é afinado antes de cada apresentação – e, por vezes, até mesmo nos intervalos – para garantir o máximo de precisão nas notas produzidas.
Um piano em bom estado pode apresentar uma queda de afinação de 1/4 a 1/2 tom por ano. Portanto, se o instrumento ficar por quatro anos sem ser afinado, provavelmente estará um tom abaixo da afinação padrão após esse período.
Ou mais! Pianos nesse estado ou que sejam submetidos a mudanças drásticas de temperatura ou umidade, normalmente, requerem o que se costuma chamar de afinação e repasse de afinação, em que o processo normalmente é realizado pelo profissional em duas ou três etapas.
Também não é aconselhável que se tente subir o instrumento ao tom correto em um único passo, o que aumenta as chances de as cordas não suportarem as altas tensões e arrebentarem, ou não “segurarem” a afinação, rapidamente voltando a ficar desafinadas.
É importante lembrar que, antes de qualquer procedimento, pianos seminovos ou usados devem ser avaliados por um profissional qualificado que possa atestar se o instrumento possui problemas de funcionamento e se, além da afinação, necessita de regulagem de mecanismo ou até mesmo uma reforma. Dependendo do estado do piano, o processo de afinação pode ser inútil e a tensão aplicada às cordas pode ocasionar problemas maiores e de mais difícil solução.